Desenvolvido em colaboração entre o Instituto de Pesquisa em Arquitetura da Universidade de Tsinghua (THAD) e o Sutherland Hussey Harris, o Museu Botânico Nacional nasce de uma fusão a fusão entre a arquitetura e a natureza.
Localizado em Kunming, a cidade das “três montanhas e um lago”, e implantado em uma propriedade de mais de 28 hectares, o novo Museu Botânico Nacional será incorporado ao Campus do Jardim Botânico de Kunming, da Academia Chinesa de Ciências, do Jardim das Árvores da Yunnan Academy of Forest & Grassland e do Parque Heilongtan. Assim que estiver pronto, o mais novo Museu da cidade de Kunming se tornará uma nova “fonte de conhecimento e vitalidade para a vida urbana”.
Implantado estrategicamente na convergência de múltiplos vales, o conceito de projeto do museu foi diretamente inspirado pelos cursos d'água que atravessa o vale. Fundamentando sua abordagem na idéia de que “a água é uma fonte de vida acessível à todos”, o THAD e o Sutherland Hussey Harris conceberam o museu como uma estrutura que “pousa no terreno como uma gota d'água que cai, esparramando-se pelo chão, fluindo e transbordando para acolher a exuberância da paisagem natural de Kunming”. Mimetizando-se os contornos topográficos do vale onde está implantado, o novo edifício do museu abriga uma série de espaços interiores e exterior para promover uma perfeita fusão entre arquitetura e natureza.
Reinterpretando a estrutura natural das folhas e pétalas, a envoltória de madeira da cobertura assume um padrão orgânico inspirado na natureza. Além disso, “a gradação da opacidade e transparência da estrutura da cobertura não apenas atende às exigências das funções internas, mas também faz com que o edifício se assemelhe à um organismo vivo e dinâmico”. Visto de cima, o edificio se caracteriza por uma cobertura de malha aberta e translúcida, como a pétala de uma flor que pousa suavemente sobre a superfície d'água.
Unificadas sobre a cobertura treliçada de madeira, as diferentes funções do museu, como áreas expositivas e estufas, assumem a mesma expressão arquitetônica. As demais funções como áreas de apoio, escritórios administrativos, espaços operativos, comerciais e de pesquisa, encontram-se dispostos do lado de fora ao longo da encosta e arrematados por uma plataforma contínua que conecta os espaços públicos exteriores às áreas expositivas no interior da cúpula de madeira, como a sala de conferências e o centro de pesquisa. O espaço público exterior é acessível a todos e pode ser utilizado diariamente pelos moradores da cidade em suas caminhadas, corridas e para a prática de esportes ao ar livre.